sexta-feira, 19 de junho de 2009

Violência nos estádios de futebol Parte2

Crédito: www.interney.net

Não faz muito tempo que começou os debates sobre violência nos estádios de futebol, em 1992, numa partida válida pela semifinal da Taça São Paulo de futebol Júnior entre São Paulo e Corinthians, um torcedor corintiano foi atingido por uma bomba de fabricação caseira. Assim acarretando as pesquisas sobre o assunto.

Podemos analisar essa questão da violência nos estádios de futebol por várias vertentes, uma delas e inclusive a que será retratada nesse artigo será o aspecto intrínseco e extrínseco, especialistas começaram a fazer uma reflexão e buscar a origem dessa violência.

Um aspecto que me chamou a atenção foi a firmação de Perusi: “A violência do esporte” ou a “ violência no esporte”, se há "violência do esporte", seria alegar que a violência é intrínseca, agora se a “violência for no esporte” ela seria extrínseca, de fora para dentro, trazido de outro meio, seja por crise econômica, seja por racismo ou qualquer outra coisa.

Especialistas que analisam a violência nos estádio de uma forma intrínseco defendem que os jogadores, comissão técnicas e dirigentes tenham sua parcela de culpa nessa questão. Afinal eles são referências para aquela multidão de pessoas que estão no estádio e em casa assistindo ao espetáculo.

Apesar de jogadores terem regras e serem punidos caso infrinjam as mesmas, não seria nada correto assistir a cenas de quebra- quebra dentro de campo. Com isso o indivíduo que acompanha essa partida perderá qualquer “referência” e ficará mais vulnerável a práticas inadequadas. Sendo assim essa tese defende que a violência nos estádios de futebol venha do próprio futebol, o que deixaria a sociedade com muito menos esperança de tudo isso um dia terminar.

Observando pelo lado extrínseco, a analise já se refere a questão da violência nos estádios de uma forma diferente, alegando que vem de fora para dentro, na questão social, racial do País. Alguns especialistas alegam que a partir dos anos 80 o índice de violência nos estádios aumentaram, devido ao surgimento das torcidas organizadas, classificadas para muitos como responsáveis por essa “onda”.

Mas seguindo o aspecto extrínseco, essa questão vai muito mais além, a imprensa de uma forma em geral contribuí também para essa toda essa violência, com seu sensacionalismo barato, vendido como notícia para seus “consumidores” sejam ouvintes, telespectadores ou eleitores.

Sem contar o lado social um dos principais problemas que assolam nosso País, no aspecto extrínseco essa questão implica e muito na violência nos estádios, desigualdade social, preconceitos, falta de oportunidades, fazem com que muitas vezes o indivíduo um pouco mais fragilizado ideologicamente falando fique a margem da sociedade, com isso o mesmo busca uma “fuga” e onde tem uma grande massa envolvida com uma paixão nacional que é o futebol, torna-se um cenário perfeito para extrapolar sua revolta.

O fato é que o futebol é o principal esporte praticado no país e a violência nos estádios não pode ser assunto para se tratar depois, ainda mais quando entra na questão o lado social, onde pessoas estão morrendo, famílias estão sendo destruídas, causando um verdadeiro caos na sociedade
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terça-feira, 2 de junho de 2009

Copa do Mundo em 2014

crédito: ole.com
Neste Domingo (31/05) foi divulgado oficialmente as Cidades que serão sedes da Copa do Mundo de 2014, realizada novamente na América do Sul especificamente no Brasil.

Esse evento será muito importante para o país, irá gerar muito emprego, a questão do transporte público deverá sofrer alterações consideráveis, com isso quem ganha é a sociedade de um modo em geral.

Por outro lado á quem condene a realização desse evento, alegando que temos muitos problemas em nosso país e deveríamos primeiro sanar os mesmos para depois abrir as portas para “o Mundo”.

Mas sem entrar muito a fundo no mérito social da questão, analisando o aspecto esportivo, estaremos prontos até 2014? A construção de estádios é válido, talvez até necessário, porém a pergunta que fica é: Quem cuidará desses estádio pós copa? Dar uma concessão a algum clube por determinado tempo? O clube brasileiro não terá o cuidado necessário com esse estádio (construído com verba pública), mesmo porque, dificilmente terá “casa cheia” nos jogos realizados como mandante nesses estádios.

Tudo deverá ser bem planejado, bem estruturado, pois já tivemos o exemplo do Pan, o famoso Engenhão, pouco conservado e utilizado, comparado com o dinheiro investido, eu acho mais plausível realizar reformas nos estádio já construídos, como por exemplo, em São Paulo, o Morumbi. Em troca dessas reformas o time dono do estádio teria que ceder aos clubes da mesma Cidade o estádio para realização de uma determinada quantidade de jogos a preço de custo.

Resta aos torcedores esperar e torcer para que tudo ocorra com o mínimo de imprevisto possível. E deveríamos realizar esse evento com o nosso jeito,com a nossa cultura, resgatar um pouco das raíz nacional.