quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A briga de egos.

Crédito: www.globo.com / www.rederecord.com.br
VS



A guerra de audiência entre a rede Globo e a rede Record já não é de hoje, desde quando a rede Record desbancou o SBT do segundo lugar no IBOPE, essa disputa pelo primeiro lugar está cada vez mais acirrada.

A Record com sua ambição, resolveu investir pesado em um segmento que é o carro chefe da Rede Globo, as novelas. E para desestabilizar a concorrente, a Record construiu o Rec9, um grande espaço reservado para produção de telenovelas e ainda contratou atores renomados da emissora carioca.

Mas até então as emissoras envolvidas estavam numa espécie de “guerra fria”, ato esse que parece ter tomado um rumo diferenciado nesses últimos dias. No programa jornalístico e de entretenimento de maior audiência da casa (Jornal Nacional e Fantástico) a Rede Globo mostrou denúncias sobre Edir Macedo, dono da Record. Que por sua vez no domingo (16/08), deu sua versão aos ataques recebidos pela concorrente.

O fato é que o grande prejudicado dessa “novela” toda é o público, que já não tem muita opção na televisão aberta e o pouco dessa opção é jogado para ele briga de egos entre emissoras, resta agora aguardar as cenas dos próximos capítulos.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Violência nos estádios de futebol Parte2

Crédito: www.interney.net

Não faz muito tempo que começou os debates sobre violência nos estádios de futebol, em 1992, numa partida válida pela semifinal da Taça São Paulo de futebol Júnior entre São Paulo e Corinthians, um torcedor corintiano foi atingido por uma bomba de fabricação caseira. Assim acarretando as pesquisas sobre o assunto.

Podemos analisar essa questão da violência nos estádios de futebol por várias vertentes, uma delas e inclusive a que será retratada nesse artigo será o aspecto intrínseco e extrínseco, especialistas começaram a fazer uma reflexão e buscar a origem dessa violência.

Um aspecto que me chamou a atenção foi a firmação de Perusi: “A violência do esporte” ou a “ violência no esporte”, se há "violência do esporte", seria alegar que a violência é intrínseca, agora se a “violência for no esporte” ela seria extrínseca, de fora para dentro, trazido de outro meio, seja por crise econômica, seja por racismo ou qualquer outra coisa.

Especialistas que analisam a violência nos estádio de uma forma intrínseco defendem que os jogadores, comissão técnicas e dirigentes tenham sua parcela de culpa nessa questão. Afinal eles são referências para aquela multidão de pessoas que estão no estádio e em casa assistindo ao espetáculo.

Apesar de jogadores terem regras e serem punidos caso infrinjam as mesmas, não seria nada correto assistir a cenas de quebra- quebra dentro de campo. Com isso o indivíduo que acompanha essa partida perderá qualquer “referência” e ficará mais vulnerável a práticas inadequadas. Sendo assim essa tese defende que a violência nos estádios de futebol venha do próprio futebol, o que deixaria a sociedade com muito menos esperança de tudo isso um dia terminar.

Observando pelo lado extrínseco, a analise já se refere a questão da violência nos estádios de uma forma diferente, alegando que vem de fora para dentro, na questão social, racial do País. Alguns especialistas alegam que a partir dos anos 80 o índice de violência nos estádios aumentaram, devido ao surgimento das torcidas organizadas, classificadas para muitos como responsáveis por essa “onda”.

Mas seguindo o aspecto extrínseco, essa questão vai muito mais além, a imprensa de uma forma em geral contribuí também para essa toda essa violência, com seu sensacionalismo barato, vendido como notícia para seus “consumidores” sejam ouvintes, telespectadores ou eleitores.

Sem contar o lado social um dos principais problemas que assolam nosso País, no aspecto extrínseco essa questão implica e muito na violência nos estádios, desigualdade social, preconceitos, falta de oportunidades, fazem com que muitas vezes o indivíduo um pouco mais fragilizado ideologicamente falando fique a margem da sociedade, com isso o mesmo busca uma “fuga” e onde tem uma grande massa envolvida com uma paixão nacional que é o futebol, torna-se um cenário perfeito para extrapolar sua revolta.

O fato é que o futebol é o principal esporte praticado no país e a violência nos estádios não pode ser assunto para se tratar depois, ainda mais quando entra na questão o lado social, onde pessoas estão morrendo, famílias estão sendo destruídas, causando um verdadeiro caos na sociedade
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terça-feira, 2 de junho de 2009

Copa do Mundo em 2014

crédito: ole.com
Neste Domingo (31/05) foi divulgado oficialmente as Cidades que serão sedes da Copa do Mundo de 2014, realizada novamente na América do Sul especificamente no Brasil.

Esse evento será muito importante para o país, irá gerar muito emprego, a questão do transporte público deverá sofrer alterações consideráveis, com isso quem ganha é a sociedade de um modo em geral.

Por outro lado á quem condene a realização desse evento, alegando que temos muitos problemas em nosso país e deveríamos primeiro sanar os mesmos para depois abrir as portas para “o Mundo”.

Mas sem entrar muito a fundo no mérito social da questão, analisando o aspecto esportivo, estaremos prontos até 2014? A construção de estádios é válido, talvez até necessário, porém a pergunta que fica é: Quem cuidará desses estádio pós copa? Dar uma concessão a algum clube por determinado tempo? O clube brasileiro não terá o cuidado necessário com esse estádio (construído com verba pública), mesmo porque, dificilmente terá “casa cheia” nos jogos realizados como mandante nesses estádios.

Tudo deverá ser bem planejado, bem estruturado, pois já tivemos o exemplo do Pan, o famoso Engenhão, pouco conservado e utilizado, comparado com o dinheiro investido, eu acho mais plausível realizar reformas nos estádio já construídos, como por exemplo, em São Paulo, o Morumbi. Em troca dessas reformas o time dono do estádio teria que ceder aos clubes da mesma Cidade o estádio para realização de uma determinada quantidade de jogos a preço de custo.

Resta aos torcedores esperar e torcer para que tudo ocorra com o mínimo de imprevisto possível. E deveríamos realizar esse evento com o nosso jeito,com a nossa cultura, resgatar um pouco das raíz nacional.

domingo, 10 de maio de 2009

Violência nos estádios paulistanos!

Crédito: Adriano Degra
Não faz muito tempo que começou os debates sobre violência nos estádios de futebol, em 1992, numa partida válida pela semifinal da Taça São Paulo de futebol Júnior entre São Paulo e Corinthians, um torcedor corintiano foi atingido por uma bomba de fabricação caseira.

A partir daí começaram a serem mais freqüentes os atos de violência dentro dos estádios, inúmeros fatos podem ser observados nessa época, com isso a mídia foi dando maior notoriedade ao assunto, sendo assim, algumas medidas começaram a serem tomadas, algumas delas foram o surgimento de promotores dando prioridade a esse assunto, como o famoso promotor e deputado estadual: Fernando Capez.

Estudos começaram a ser realizados a respeito das torcidas organizadas, e segundo o Site:
http://www.partes.com.br/, foi constatado que 15% dos integrantes de torcidas organizadas tinham antecedentes criminais. Com tudo isso a imagem das torcidas organizadas ficaram cada vez pior, muitos acusando a mesma como principal responsável por toda a “onda” de violência nos estádios de futebol.

Acompanhe a entrevista com André Azevedo ( foto), presidente da torcida organizada são paulina, Dragões da Real:

Adriano: Na sua opinião tem como resolver a questão da violência nos estádios?

André: Tem como diminuir, a questão está na sociedade, a torcida é uma parcela da sociedade.

Adriano: Existe um único culpado para a violência nos estádios na capital?

André: Não existe um único culpado. A torcida sofre muita discriminação, muitas vezes não temos direito de resposta, nos últimos anos, aumentaram o valor dos ingressos e não deram nenhum retorno aos torcedores, como banheiros adequados, local para refeição etc.

Adriano: Vocês fazem algum trabalho no sentido de prevenção de brigas? Como palestras, por exemplo?

André: A vida em São Paulo é muito corrida como todos nós sabemos, não gostamos de propor data específica, pois não sabemos se a pessoa poderá comparecer, portanto, conversamos com cada um no momento que é realizado a inscrição, expondo as normas da torcida.

Adriano: Qual a Opinião da Dragões sobre a carteirinha do torcedor, que o Governo Federal está implantando?

André: É uma porcaria. Torcedor não deve ter separação no estádio, eu também sou torcedor comum, não é porque eu visto uma camisa padronizada que me excluí de ser um torcedor comum. E isso não irá resolver em nada a situação nos estádios.

Adriano: A relação entre as torcidas organizadas em São Paulo é a que todos imaginam? Ou existe alguma política de boa vizinhança por exemplo?

André: Por incrível que pareça, temos um contato muito tranquilo, conversamos com todos os líderes de torcidas, o que peca as vezes é que surgem idéias legais, mas por uma questão de vaidade talvez, muitos projetos interessantes não tomam sequência, porque um teve a idéia e o outro não quer admitir.

Adriano: Qual a relação da Dragões com a Polícia de São Paulo?

André: Na teoria é muito bom, conhecemos quase todos os comandantes da PM, mas os comandados não fazem como o esperado, muitas vezes, relatamos que foi combinado de uma forma com o comandante e os próprios policiais, dizem que não vale de nada, porque os comandantes não estão ali presente.

Adriano: A dragões recebe alguma ajuda financeira do São Paulo Futebol Clube?

André: Nenhuma. Vivemos de venda de material e mensalidades, somos auto-suficientes.

Adriano: Existe alguma punição para os sócios da Dragões que são flagrados em brigas nos estádios?

André: Temos a opinião que todos merecem uma segunda chance, a gravidade da situação deve ser analisada, trabalhamos com advertência, se o sócio levar três advertências está fora da torcida. É como disse agora pouco, vai depender da gravidade, reunimos os diretores e tomamos as medidas necessárias.

Outro aspecto que deve ser abordado, é a questão dos moradores e comerciantes que trabalham ao redor dos estádios de futebol, pensando nisso fiz algumas perguntas a uma comerciante que tem um comércio na av. João Jorge Saad, uma das principais vias de acesso ao estádio do Morumbi, acompanhe:

Adriano: A quanto tempo você tem esse comércio na Saad?

Adriene: 5 meses

Adriano: Seu estabelecimento já sofreu algum ato de vandalismo, cometido por torcedores? Caso já tenha ocorrido, tem estimativa do valor do prejuízo?

Adriene: Não houve esse tipo de problema.

Adriano: Em dia de clássico, você monta algum “esquema” especial para seu comércio? Horários? Baixa as portas?

Adriene: A segurança do condomínio é reforçada e, dependendo do dia, encerramos as atividades antes do horário final do jogo.

Adriano: Tem alguma associação de comerciantes aí no bairro? Vocês conversam a respeito desse assunto?

Adriene: Deve até haver a associação, porém não tive contato com a mesma.

Adriano: Já ouviu relatos de algum comerciante que deixou o bairro por conta dos jogos?

Adriene: Não.

Adriano: Na sua opinião tem algo que poderia ser feito de diferente para ter uma tranqüilidade maior para os comerciantes da região?

Adriene: Quem inicia um comércio na região, já tem conhecimento da existência do estádio de futebol, e dos transtornos que isso implica, não há muita alternativa para garantir maior tranquilidade à região, pois onde há aglomeração de grande número de pessoas a probabilidade de ocorrências é bem maior.

A violência nos estádios de futebol na Cidade de São Paulo é um fato, faz parte da nossa sociedade e devemos dar a devida importância a esse assunto, não fingir que nada esta acontecendo, temos que debater sim esse tema. Como costumo dizer: O conformismo é o caminho para a alienação.

terça-feira, 28 de abril de 2009

O Coelho Capitalista

foto: sempretops.com.br


Na semana da Páscoa, fiquei observando algumas atitudes, não consegui evitar uma reflexão, sobre qual o verdadeiro sentido dessa data? Parece ser Chocolate, o famoso coelhinho.

O Capitalismo surgiu lá no séc XIII, XIV, com o surgimento da classe burguesa, é o atual sistema em diversos países do mundo, e no Brasil não é diferente, inclusive sendo titulado como: “Capitalismo Selvagem”. Esse Sistema impõe na sociedade essa compulsão pelo consumo, ignorando o verdadeiro sentido da comemoração de datas comemorativas por exemplo, tornando portanto: “Coelho Selvagem”.

Isto já está enraizado na nossa sociedade, quem não se lembra da procura pelo ovo de páscoa, quem achar, pega o ovo inteiro pra si, os pais já incentivam de uma forma até inconsciente o filho a buscar o consumo, muitas vezes nem transmite para a criança o verdadeiro sentido da data.

Como explicar para essa criança, quando a mesma estiver maior sobre os impactos que o Sistema traz sobre a sociedade? Ela já estará fazendo parte disso tudo, pronto mais uma “vítima”.

Não seria bem melhor cultivar o almoço em família, o filho que mora longe ir visitar os pais, atos aparentemente simples, comum, mas que está cada vez mais difícil de ver.

Por isso se quisermos que algo mude nesse País, não basta conscientizar Homens e Mulheres, mas sim crianças, os pais educarem seus filhos de uma forma correta, mostrar os verdadeiros valores do ser Humano e não transmitir futilidades, por que isso a criança verá aos montes no decorrer da vida.

Esse é o caminho, é como se tivesse tirando água do Oceano com balde, mas se cada um de nós pararmos e fizermos uma reflexão, podemos começar a fazer a mudança

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A realidade da nossa Televisão

Esse tema não é nada fácil de retratar, é abalar o senso comum, muitos podem achar que seja chover no molhado, mas o conformismo é o alimento da alienação, você já parou para pensar no atual momento da “televisão” brasileira?

A realidade da tv é nua e crua, manda quem pode e obedece quem tem juízo. Será que a televisão em si, está exercendo seu grande poder para formar opiniões críticas sobre a nossa sociedade?

As grades comerciais, os programas sensacionalistas, parece ganharem cada vez mais espaço, com isso, alcançando seu objetivo claro de narcotizar quem está assistindo, se cada emissora de TV reservasse ao menos 15 minutos de sua grade (mas não vale na madrugada), para debater ou esclarecer de uma forma mais crítica assuntos do nosso cotidiano, estaria dando uma enorme contribuição para a massa.

O objetivo de hoje é: Quem esta faturando mais? Já fechou essa propaganda? Tem espaço para informação? Como você deve ter percebido a informação se der é divulgada, esse é o pensamento de grande parte das emissoras.

E não temos muitas esperanças disso tudo mudar, todos nós sabemos nas mãos de quem esta o poder de controlar e fiscalizar os M.C.M, dessa forma, está maravilhoso para eles, afinal o público aceita tudo, nem é preciso citar nomes de programas que o público deveria, porém não rejeita.

De um modo em geral a televisão está se perdendo na futilidade, profissionais completamente pressionados pela audiência, vide caso Eloá, os formadores de opinião poderia abrir discussões públicas nesse sentido e não trazer temáticas que nós estamos acostumados a observar na mídia.

Mas apenas relatar não é o bastante, temos que procurar alternativas de começar uma mudança, talvez o caminho seja nas escolas, afinal os professores tem um papel de ajudar na formação do senso crítico das crianças e dos adolescentes. Essa poderia ser uma das maneiras, não podemos é ficar de braços cruzados e recebendo tudo pacificamente, afinal estamos em 2009.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Artigo no Observatório da Imprensa

foto: Globo.com
Eu observei uma crítica feita por Emanuelle Najjar, jornalista, em seu blog ( reflexão Midiática), com relação ao artigo publicado por mim no site Observatório da Imprensa a respeito da Telenovela Malhação. Em um determinado ponto da crítica ela cita o seguinte parágrafo: ”Discussões de nível anti-Globo minimizam a discussão, fornecendo argumentos vazios. Discussões sérias ocorreriam caso as razões fugissem daquilo que parece ser algo pessoal contra a emissora. Para falar do assunto, é preciso sair do âmbito teimoso de anti-fã e procurasse pontos individuais de questionamento, caso contrário, todo texto e toda crítica será vazia”.
Em primeiro lugar não tenho nada em particular contra a Globo ou qualquer outra emissora de televisão, acho que o artigo que publiquei no Observatório da imprensa foi mal interpretado pela jornalista.
No artigo, eu relato o conceito contra a telenovela em si, em nenhum momento foi citado a emissoras na qual ela é transmitida, porque eu teria algo contra a Globo? Existira algum motivo pra ser um “anti-Globo”? Essa telenovela retrata alguns assuntos do nosso cotidiano sim, agora ela retrata da forma que a realidade mostra?
Ou teríamos que acreditar que a telenovela não influenciou em nada o modelo de gravidez na adolescência ou o de “ficar” em nossos adolescentes, isso seria menosprezar a minha capacidade de raciocínio ou talvez um alto grau de ingenuidade talvez.
Poderíamos fazer uma pesquisa de campo, checar em loco a realidade nos colégios da nossa Cidade, por exemplo, para não virar uma discussão leviana, como alguns dizem, podemos fazer um levantamento de índices dos principais temas debatidos, antes e depois da telenovela.
Só acredito que temos que tomar o máximo de cuidado em ler e compreender um texto, para que não possamos fazer uma interpretação errada.