terça-feira, 28 de abril de 2009

O Coelho Capitalista

foto: sempretops.com.br


Na semana da Páscoa, fiquei observando algumas atitudes, não consegui evitar uma reflexão, sobre qual o verdadeiro sentido dessa data? Parece ser Chocolate, o famoso coelhinho.

O Capitalismo surgiu lá no séc XIII, XIV, com o surgimento da classe burguesa, é o atual sistema em diversos países do mundo, e no Brasil não é diferente, inclusive sendo titulado como: “Capitalismo Selvagem”. Esse Sistema impõe na sociedade essa compulsão pelo consumo, ignorando o verdadeiro sentido da comemoração de datas comemorativas por exemplo, tornando portanto: “Coelho Selvagem”.

Isto já está enraizado na nossa sociedade, quem não se lembra da procura pelo ovo de páscoa, quem achar, pega o ovo inteiro pra si, os pais já incentivam de uma forma até inconsciente o filho a buscar o consumo, muitas vezes nem transmite para a criança o verdadeiro sentido da data.

Como explicar para essa criança, quando a mesma estiver maior sobre os impactos que o Sistema traz sobre a sociedade? Ela já estará fazendo parte disso tudo, pronto mais uma “vítima”.

Não seria bem melhor cultivar o almoço em família, o filho que mora longe ir visitar os pais, atos aparentemente simples, comum, mas que está cada vez mais difícil de ver.

Por isso se quisermos que algo mude nesse País, não basta conscientizar Homens e Mulheres, mas sim crianças, os pais educarem seus filhos de uma forma correta, mostrar os verdadeiros valores do ser Humano e não transmitir futilidades, por que isso a criança verá aos montes no decorrer da vida.

Esse é o caminho, é como se tivesse tirando água do Oceano com balde, mas se cada um de nós pararmos e fizermos uma reflexão, podemos começar a fazer a mudança

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A realidade da nossa Televisão

Esse tema não é nada fácil de retratar, é abalar o senso comum, muitos podem achar que seja chover no molhado, mas o conformismo é o alimento da alienação, você já parou para pensar no atual momento da “televisão” brasileira?

A realidade da tv é nua e crua, manda quem pode e obedece quem tem juízo. Será que a televisão em si, está exercendo seu grande poder para formar opiniões críticas sobre a nossa sociedade?

As grades comerciais, os programas sensacionalistas, parece ganharem cada vez mais espaço, com isso, alcançando seu objetivo claro de narcotizar quem está assistindo, se cada emissora de TV reservasse ao menos 15 minutos de sua grade (mas não vale na madrugada), para debater ou esclarecer de uma forma mais crítica assuntos do nosso cotidiano, estaria dando uma enorme contribuição para a massa.

O objetivo de hoje é: Quem esta faturando mais? Já fechou essa propaganda? Tem espaço para informação? Como você deve ter percebido a informação se der é divulgada, esse é o pensamento de grande parte das emissoras.

E não temos muitas esperanças disso tudo mudar, todos nós sabemos nas mãos de quem esta o poder de controlar e fiscalizar os M.C.M, dessa forma, está maravilhoso para eles, afinal o público aceita tudo, nem é preciso citar nomes de programas que o público deveria, porém não rejeita.

De um modo em geral a televisão está se perdendo na futilidade, profissionais completamente pressionados pela audiência, vide caso Eloá, os formadores de opinião poderia abrir discussões públicas nesse sentido e não trazer temáticas que nós estamos acostumados a observar na mídia.

Mas apenas relatar não é o bastante, temos que procurar alternativas de começar uma mudança, talvez o caminho seja nas escolas, afinal os professores tem um papel de ajudar na formação do senso crítico das crianças e dos adolescentes. Essa poderia ser uma das maneiras, não podemos é ficar de braços cruzados e recebendo tudo pacificamente, afinal estamos em 2009.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Artigo no Observatório da Imprensa

foto: Globo.com
Eu observei uma crítica feita por Emanuelle Najjar, jornalista, em seu blog ( reflexão Midiática), com relação ao artigo publicado por mim no site Observatório da Imprensa a respeito da Telenovela Malhação. Em um determinado ponto da crítica ela cita o seguinte parágrafo: ”Discussões de nível anti-Globo minimizam a discussão, fornecendo argumentos vazios. Discussões sérias ocorreriam caso as razões fugissem daquilo que parece ser algo pessoal contra a emissora. Para falar do assunto, é preciso sair do âmbito teimoso de anti-fã e procurasse pontos individuais de questionamento, caso contrário, todo texto e toda crítica será vazia”.
Em primeiro lugar não tenho nada em particular contra a Globo ou qualquer outra emissora de televisão, acho que o artigo que publiquei no Observatório da imprensa foi mal interpretado pela jornalista.
No artigo, eu relato o conceito contra a telenovela em si, em nenhum momento foi citado a emissoras na qual ela é transmitida, porque eu teria algo contra a Globo? Existira algum motivo pra ser um “anti-Globo”? Essa telenovela retrata alguns assuntos do nosso cotidiano sim, agora ela retrata da forma que a realidade mostra?
Ou teríamos que acreditar que a telenovela não influenciou em nada o modelo de gravidez na adolescência ou o de “ficar” em nossos adolescentes, isso seria menosprezar a minha capacidade de raciocínio ou talvez um alto grau de ingenuidade talvez.
Poderíamos fazer uma pesquisa de campo, checar em loco a realidade nos colégios da nossa Cidade, por exemplo, para não virar uma discussão leviana, como alguns dizem, podemos fazer um levantamento de índices dos principais temas debatidos, antes e depois da telenovela.
Só acredito que temos que tomar o máximo de cuidado em ler e compreender um texto, para que não possamos fazer uma interpretação errada.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ele é o cara?

foto: UOL Mais
Na última semana, aconteceu o encontro de líderes do G 20para debater a questão da crise econômica mundial. Em um bate-papo informal entre o presidente Lula, Barack Obama e o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, o presidente norte-americano disse :“This is my man”, “ Ele é o cara”, já o primeiro-ministro australiano disse: “ O mais popular político de longo mandato”.
Esses elogios deixaram Lula digamos que numa saia justa, com o intérprete ao lado relatando tudo em tempo real, o presidente deu um aperto de mão em Barack Obama e aproveitou a deixa, para convidar o mesmo para conhecer a Amazônia e minimizou os elogios recebidos de Obama.
Esse fato além de curioso foi muito interessante para o Lula, no momento em que a grande maioria da imprensa focava sua declaração polêmica sobre o famoso “olhos azuis”, esse novo fato fez com que as atenções mudassem de direção, como sempre em assunto de marketing pessoal e persuasão, ele é um ícone.
Vale frisar que apenas nesse sistema Capitalista podemos ver uma pessoa com pouca instrução acadêmica, de origem simples se tornar presidente da República, indo mais além, obtendo grandes índices de aprovação popular, quebrando um grande paradigma da nossa sociedade.
Outro fato relevante foi a questão do FMI receber cerca de US$ 1 trilhão de dólares do G20, para ajudar os países em crise, e o Brasil vai fazer parte dessa contribuição, tendo como condição que o dinheiro irá para ajudar países emergentes.“É claro que o nosso presidente não poderia deixar de dar suas famosas “pitadas” de humor, dizendo que:” Já carreguei faixas que diziam “fora FMI”, o Brasil não quer se comportar como país pequeno”.
E com esse grande jogo de cintura, como todo brasileiro, o Lula vai caminhando para o seu último ano do seu mandato final, para alegria de uns, tristeza de outros, mas o fato é que muitos jornalistas terão mais trabalho para decidirem suas pautas.